A Lua é a guardiã da noite, o espelho prateado que reflete o mistério da alma e os ritmos da Terra.
Ela é o símbolo do princípio feminino, a presença que acolhe, nutre e transforma. Representa os estados da alma, o fluxo das emoções, a receptividade, a fertilidade e o poder da mutação — lembrando-nos de que tudo na vida nasce, cresce, matura e renasce sob novos ciclos.
Desde os tempos mais antigos, os povos nativos sabiam: a Lua governa as águas do mundo e as marés do coração humano. Ela influencia os seres, as plantas, os animais e nossos próprios sonhos.
Hoje, milhares de grupos espirituais, em todas as partes do planeta, continuam a honrar essa sabedoria ancestral, reunindo-se sob a Luz da Lua Cheia para meditar, cantar e celebrar o mistério da vida.
No Aos Filhos da Terra, seguimos essa trilha antiga — o caminho da celebração consciente, em união com os ciclos da natureza e os elementos que nos sustentam.
Cada encontro de Lua Cheia é um convite à expansão da consciência, uma oportunidade de abrir o coração e liberar antigas couraças, permitindo que o fluxo da vida volte a circular com leveza e propósito.
Dançamos, cantamos, rezamos e transmutamos as emoções aprisionadas — tudo o que impede nossa alma de vibrar em liberdade.
Esses rituais despertam em nós o princípio do sagrado cotidiano, o reconhecimento de que o divino habita em cada gesto simples, em cada respiração, em cada pulsar da Terra.
A cada Lua, uma nova lição.
Cada lunação traz qualidades específicas — um tema, uma energia, um chamado à consciência.
Quando o Sol se encontra em um signo e a Lua em seu oposto, cria-se uma ponte entre polaridades: luz e sombra, razão e intuição, ação e receptividade.
Trabalhar conscientemente com essas forças é alinhar-se ao ritmo cósmico da criação.
Durante o ano, celebramos três grandes Festivais de Lua Cheia, em que a luz atinge seu ápice e as energias planetárias se tornam mais intensas.
São momentos de serviço espiritual e de ancoragem de luz para toda a humanidade:
Esses encontros são portais de profunda elevação e comunhão. Celebramos todas as Luas Cheias, independentemente do dia da semana, pois o chamado lunar não reconhece calendários humanos — apenas o tempo sagrado do coração.
Mesmo quando a chuva abençoa a terra, o ritual segue dentro do salão, onde o fogo interior continua aceso.
Vivenciar cantos, gestos, passos e símbolos antigos sob a Lua Cheia é abrir-se para uma nova dimensão de consciência, uma nova humanidade.
É permitir que as forças sutis da natureza nos alinhem, limpem e fortaleçam, para que possamos servir como canais de luz e cura.
Neste instante sagrado, nos tornamos pontes — entre Céu e Terra, entre Espírito e Matéria.
Tudo o que recebemos é expandido e ofertado ao mundo: às pessoas, aos lugares e aos seres que necessitam.
Porque, quando a Lua brilha em plenitude, ela nos recorda que também somos luz — e que viemos aqui para repartir o brilho da nossa própria essência.